A vinda dos Polcenigueses ao Brasil
Conforme trechos do livro “Storie Polcenighesi”, de Alessandro Fadelli, Polcenigo/2003:
“Os polcenigheses, no curso de 1700 e por boa parte de 1800, sofriam largamente de Pelagra, tinham uma alimentação monotonamente centrada sobre a polenta. Antes dessa época muitos, não todos, morriam de fome, da peste e das guerras. Sonhavam com salsichas suspensas em árvores e que os rios eram de leite.
E continua: A Pelagra, conhecida como Mal da Rosa ou Escorbuto Alpino, na realidade se tratava de uma forma de falta de Vitamina C.
(Conforme Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira: Pelagra S.f. Patologia. Avitaminose caracterizada por eritema das partes descobertas e por perturbações digestivas, nervosas e mentais).
Saiba mais em: http://www.infoescola.com/doencas/pelagra/
Foto em http://www.odissee.it/italia03.spm
O milho ou grão turco foi introduzido por Colombo na Europa. Chegou ao Vêneto ao fim de 1500 e logo depois de 1600, provavelmente no segundo decêndio, em Friuli. O cereal americano era a resposta definitiva, quase mágica, à fome e à carestia que por séculos angustiava e ceifava as populações de camponeses, agricultores. O grão era resistente e se adaptava a quase todos os solos. Bastava integrar à dieta à base de polenta, quantidades modestas de carne, fígado, peixe e laticínios, mas também legumes e alguns tipos de verdura fresca, para fornecer uma dose de vitamina PP (Pelagra-Preventiva) para acabar com o risco da Pelagra.
Entre o povo se dizia: “la polenta la contenta”
Outro ditado popular:
La polenta è una signora
Chi la guarda s´innamora
Chi la mangia si sostenta
Benedetta la polenta!
Tradução:
A polenta é uma senhora
Quem a olha se enamora
Quem a come se sustenta
Bendita a Polenta!
Nos registros de morte de Polcenigo (PN) pode-se encontrar como causa morte:
- 1816: pelagrosa maníaca.
- 1845: de muito tempo mentecapto por Pelagra.
- 1850: pessoa afetada por Pelagra e debilidade intelectual (imbecilidade).
- e por assim vai.
No ano de 1870, último ano para os quais os registros civis mostram como causa de morte 02 casos por Pelagra. Em tudo, nos 55 anos, entre 01/01/1816 e 31/12/1870, mais de 200 polcenigheses perderam a vida por culpa da doença Pelagra. Em outras cidades vizinhas à Polcenigo, morreram mais pela doença – 68 pessoas entre 1000 habitantes.
A partir de 1896 a doença teve seu declínio, devido ao progresso agrícola, às instalações para tratamentos dos doentes, ao progresso da medicina após 1900.
Bibliografia: http://www.encontrosdeimigrantes.net/familia.html
Conforme trechos do livro “Storie Polcenighesi”, de Alessandro Fadelli, Polcenigo/2003:
“Os polcenigheses, no curso de 1700 e por boa parte de 1800, sofriam largamente de Pelagra, tinham uma alimentação monotonamente centrada sobre a polenta. Antes dessa época muitos, não todos, morriam de fome, da peste e das guerras. Sonhavam com salsichas suspensas em árvores e que os rios eram de leite.
E continua: A Pelagra, conhecida como Mal da Rosa ou Escorbuto Alpino, na realidade se tratava de uma forma de falta de Vitamina C.
(Conforme Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira: Pelagra S.f. Patologia. Avitaminose caracterizada por eritema das partes descobertas e por perturbações digestivas, nervosas e mentais).
Saiba mais em: http://www.infoescola.com/doencas/pelagra/
Foto em http://www.odissee.it/italia03.spm
O milho ou grão turco foi introduzido por Colombo na Europa. Chegou ao Vêneto ao fim de 1500 e logo depois de 1600, provavelmente no segundo decêndio, em Friuli. O cereal americano era a resposta definitiva, quase mágica, à fome e à carestia que por séculos angustiava e ceifava as populações de camponeses, agricultores. O grão era resistente e se adaptava a quase todos os solos. Bastava integrar à dieta à base de polenta, quantidades modestas de carne, fígado, peixe e laticínios, mas também legumes e alguns tipos de verdura fresca, para fornecer uma dose de vitamina PP (Pelagra-Preventiva) para acabar com o risco da Pelagra.
Entre o povo se dizia: “la polenta la contenta”
Outro ditado popular:
La polenta è una signora
Chi la guarda s´innamora
Chi la mangia si sostenta
Benedetta la polenta!
Tradução:
A polenta é uma senhora
Quem a olha se enamora
Quem a come se sustenta
Bendita a Polenta!
Nos registros de morte de Polcenigo (PN) pode-se encontrar como causa morte:
- 1816: pelagrosa maníaca.
- 1845: de muito tempo mentecapto por Pelagra.
- 1850: pessoa afetada por Pelagra e debilidade intelectual (imbecilidade).
- e por assim vai.
No ano de 1870, último ano para os quais os registros civis mostram como causa de morte 02 casos por Pelagra. Em tudo, nos 55 anos, entre 01/01/1816 e 31/12/1870, mais de 200 polcenigheses perderam a vida por culpa da doença Pelagra. Em outras cidades vizinhas à Polcenigo, morreram mais pela doença – 68 pessoas entre 1000 habitantes.
A partir de 1896 a doença teve seu declínio, devido ao progresso agrícola, às instalações para tratamentos dos doentes, ao progresso da medicina após 1900.
Bibliografia: http://www.encontrosdeimigrantes.net/familia.html
Sem comentários:
Enviar um comentário